A necessidade de expressar sentimentos através da representação pictórica une-se com o inicio dos tempos. A arte é um meio de escapar, de questionar e interpretar a realidade. Os tempos de mudança em que vivemos não poderiam ser diferentes e a curiosidade de saber como e o que andavam a fazer os artistas plásticos fez com que descobrisse um “Covid Art Museum”. Este tem apenas presença digital e pode ser visitado por todos os curiosos. Foi criado por três amigos que trabalham na área do design e arte (como se pode ler no site), como um lugar em que todos os artistas, conhecidos ou desconhecidos, têm a oportunidade de expor e mostrar o seu trabalho. O desafio foi perceber, através da análise empírica das imagens publicadas, como os artistas vêm os tempos de pandemia e o covid-19*.
Os parâmetros analisados foram surgindo segundo a frequência com que foram encontrados. Outros elementos como a representação do mundo, tecnologia, o ano 2020, hospital ou profissionais de saúde, sabão, “stay at home” foram contabilizados, mas os valores obtidos foram demasiado baixos para serem relevantes. Trata-se de uma análise empírica que tentou ser o mais rigorosa possível.
Nesta análise não há conclusões vincadas em relação ás cores, duas dominam mais nas composições que as outras, o branco e o azul que nos podem remeter a paz, limpeza e clareza. Em tempos conturbados esses são sentimentos que nem sempre estão nas nossas cabeças.
Em relação ao publico, a imagem que recebeu mais amor foi.
A mais comentada fala-nos de relacionamentos possíveis em tempos de distanciamento e confinamento…
A imagem menos amada foi um chocolate da autopiedade.
Apesar de uma imagem comunicar mais que mil palavras, se não percebemos as palavras da imagem, não percebemos a mensagem. Em suma como diz Horace Walpole:
“A vida é uma comédia para os que pensam e uma tragédia para os que sentem.”
*A análise baseia-se em 98 post de vídeo e 730 post de imagens publicados até ao dia 24 de maio de 2021.
**No gráfico de cores a ultima cor da direita representa as cores minoritárias e quando foi impossível definir uma cor dominante.